A condropatia patelar é uma alteração na cartilagem da patela que pode ser classificada desde o grau mais simples onde ocorre o amolecimento da cartilagem até o grau mais avançado, com a apresentação de fissuras, degeneração e exposição do osso subcondral (osso que fica logo abaixo da cartilagem).
Esse tipo de lesão merece a atenção do paciente uma vez que o tecido cartilaginoso apresenta pouco potencial de cicatrização e regeneração natural.
O desenvolvimento da condropatia patelar geralmente está relacionado a um excesso de carga que pode ser decorrente de uma demanda exagerada para um joelho “despreparado” (por exemplo, com pouca força, mobilidade e propriocepção), alterações anatômicas ou mesmo biomecânicas. Alguns pacientes, por exemplo, possuem alterações no eixo da articulação que levam a um trilhamento (tracking) patelar inadequado, gerando uma sobrecarga na articulação femoropatelar (da patela com o fêmur). Outros, possuem uma boa anatomia mas, devido a alterações de propriocepção ou fraquezas de certos grupamentos musculares podem desenvolver o “famoso” valgismo dinâmico, que altera os vetores de força na articulação.
Como a cartilagem é um tecido que não possui terminações nervosas, o paciente não sente dores vindas diretamente desta estrutura, mas da inflamação de outras estruturas ao redor (tecido sinovial, gordura de Hoffa, retináculos, etc) ou quando o caso já chega de certa forma a afetar o osso subcondral. Por isso, a condropatia patelar geralmente é descoberta quando o paciente apresenta alguma queixa, na realidade, ocasionada pela sobrecarga de outras estruturas articulares, que são inervadas.
Por isso, fique atento aos sinais do seu corpo e em caso de dúvidas, procure um ortopedista especialista em joelho.
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